:: tudo ou nada aqui ::
Difícil entender o que sou e como sou, não estou aqui pra ser decifrada, gosto de ser um mistério, até mesmo pra mim. Não tentem entender meus textos, minhas poesias, não pensem muito, eu não pensei quando estava escrevendo. Escrevo pra desabafar sentimentos... tristezas que carrego sempre comigo, inerente à minha existência.:: quem o vento me traz ::
:: Alexandra, a caçadora
Que Alexandre, o Grande é grande
Todos sabemos de cor
Mas nunca como Alexandra
Porque Alexandra é a maior!
Olhem bem o nome: rima
Com força locomotriz
Pode subir serra acima
Pode voar a Paris.
No entanto é nena pequena
Tamanho de um berço exato
Coube dentro da Madeleine
Cabe na mão do Renato.
Alexandra Archer: em francês
É Arqueira – fora ou não fora
Mas em língua brasileira
É Alexandra, a Caçadora!
Vai, caçadorinha, caça!
A vida com as tuas setas
E caça o tempo que passa
No olhar triste dos poetas.
Porque, anjo, um já flechaste
De fato há muitos indícios...
– Broto de rosa ainda em haste
Nem tem dúvidas! – caçaste
O coração do
Vinicius
(1967, in Poesia completa e prosa "Poesias Coligidas")
Quando as palavras escritas, que sempre foram meu elo com o mundo, faltam, não há muito o que fazer além de ler e tentar me inspirar. Às vezes essa busca por algo que reconforte a falta de meios de me fazer entender pode trazer surpresas capazes de alegrar a alma, nem que seja por alguns mínimos instantes.
Caçadora, adjetivo forte, com inúmeros significados...sempre à procura, sempra à procura de algo que ainda não vi.
Na vitrola - Só Vinícius