:: só palavras soltas

Um dia eu volto a ser o que era, mas o que eu era? Não sei ser sem ser assim, meio assim sem razão, meio assim sem por que. Estranho querer tanto um não querer, acabar com a sensação de vazio, vazio que preenche noites de frio que queimam a pele nua, coberta de dores.Aquela calma em um certo instante virou apatia, apatia que abate que desmonta que fecha os olhos. Fecha a alma para o mundo, fecha as mãos para o toque, fecha o coração para o amor, fecha...Nunca está feliz com o que tem, sente falta de algo que não sabe o que é, amarga gostos que nunca sentiu, perde o que nunca ganhou e se atira, se lança e machuca, e não liga e não ama.E se acalma, perde, aprende a ser livre, se solta dos valores, que valores? Quem mandou, quem ditou? E se apaixona, se desmonta, de decepciona e não desiste, nunca desiste. Vai achar o que não sabe o que é.E daqueles olhos, daquele toque, daquela vida, fica meio assim sem razão, sem ação, sem nenhuma contra-mão. Mesmo perdida, mesmo com os olhos fechados deixa a alma abrir, deixa a mão sentir, abre...se não for eu quem vai decidir o que é bom pra mim?!Não solta da minha mão!!
Na vitrola: Los Hermanos - Além do que se vê